Lua de mel em Orlando e as cagadas que poderíamos ter evitado

Talvez você não saiba, mas meu marido Rafael nunca foi louco pra conhecer Orlando. Ele caiu de paraquedas nesse mundo porque escolheu se casar comigo, que trabalho nesse mercado há mais de 20 anos e não dei muita opção. Maaaas, como uma viagem internacional para um lugar legal é algo difícil de negar, ele se animou pra irmos na lua de mel.

Era outubro de 2015 e naquela época o dólar disparou… quando chegou o dia de embarque, estava a R$ 4,25. O famoso éramos felizes e não sabíamos! Ficamos 15 dias, fizemos todos os parques da época e nos hospedamos num condomínio em Kissimmee, que dividimos com um casal de amigos. Como eles queriam ir e eu e o Rafo já morávamos juntos, seria OK viajar em turma, até porque assim pudemos dividir as despesas do aluguel do carro e da casa.

Sobre ficar numa casa… essa foi a primeira cagada.

Meu marido é daqueles que, quando está de férias, quer descansar sem pressa: tirar soneca depois do almoço, acordar sem despertador, simplesmente decidir fazer nada o dia todo, jogar videogame, ir no mercado fuçar coisas diferentes pra cozinhar. Tudo a ver com uma viagem pra Orlando, né?

Se tivéssemos ficado em hotéis do complexo Disney e Universal, por exemplo, a gente teria essa liberdade. Como tem transporte o dia todo te deixando na porta do parque, eu poderia madrugar pra pegar o parque abrindo e ele poderia ir mais tarde me encontrar. Eu poderia ficar no parque depois do almoço e ele poderia voltar ao hotel para a soneca e piscina. A gente passaria tempo de qualidade juntos, sem que fosse preciso deixar o que gostamos de lado. Até porque a gente não precisava estar colado o dia todo… já vivíamos assim desde 2013 e estava tudo certo!

Bom, ficamos numa casa porque seria mais barato, estávamos assustados com o dólar. Com isso, acabamos alugando um carro só para todo mundo também… e tá aqui a segunda cagada. Sempre tem alguém querendo algo diferente e sempre tem alguém abrindo mão do que realmente gostaria de fazer. O preço a pagar foi o tempo de deslocamento entre qualquer lugar e a casa, que ficava longe de tudo – acredite, não existe NADA que fique a 5 minutos da Disney, e a gente precisa adicionar a caminhada do estacionamento até a entrada do parque; e ainda, ter que pensar numa logística que agradasse a todos, o que era impossível.

O dia que mais essa decisão pesou foi quando visitamos o Busch Gardens. O Rafo não tinha uma opinião formada sobre montanhas-russas… não sabia se ia gostar, então fechamos os ingressos para o Busch antes da viagem. Só que chegou lá e ele passou mal logo na primeira, dias antes ainda na Disney, então é claro que o dia no parque pra ele foi perdido. Pensa na situação do cara! Passar calor o dia todo fazendo NADA enquanto os outros se divertem é tenso.

Ele ficou de mau humor, de saco cheio, de cara feia, e eu também, afinal, não queria ele assim mas também não tinha como simplesmente voltar pra casa e deixar a turma lá. Fiquei dividida e e ele ficou frustrado – ele teria ficado super bem se tivesse passado o dia em casa jogando, mas insistimos nele ir e deu no que deu. A única coisa legal que fizemos e ele curtiu foi a experiência do Serengeti Safari, na qual alimentamos as girafas. Mas cá entre nós: quem disse que a gente precisa fazer tudo junto colado o dia todo?

A viagem foi ótima, nos divertimos, passamos 2 dias num resort de praia só a gente, o saldo foi positivo. Mas se a gente tivesse evitado o último perrengue no último dia de viagem, certamente teria sido bem menos estressante. Quer saber da terceira cagada? Segue aqui.

Eu e ele viajamos com milhas embarcando de Miami, então iríamos de carro de Orlando até lá. Tranquilo, nada de novo já que eu havia feito isso algumas vezes, certo? Errado. Eu já tinha dirigindo entre Miami e Orlando várias vezes, sempre acompanhada dos meus colegas que me lembravam de abastecer o carro, que sabiam onde ficavam as paradas, que eram mais antenados do que eu nesses “meros detalhes” e por isso, sempre confiei neles. Até que EU tive que ser essa pessoa antenada, e não fui.

Estávamos com meio tanque, mas tivemos que parar logo no começo da viagem para banheiro. Ok! Abastecemos na próxima, né? Não é possível que não tenha uma próxima parada, não é mesmo? Vamos que vamos. Ele confiou em mim, eu era a experiente. Eu confiei nele que concordou comigo, seguindo a lógica do Brasil que sempre tem um posto no caminho ou a gente entra numa cidade próxima. Até que não teve a próxima, e o GPS parou de funcionar. Chegamos em Miami não sei como, e quando vimos um posto, ele praticamente se iluminou no caminho. É lógico que brigamos até chegar no aeroporto. É lógico que ele ficou puto e eu fiquei ainda mais nervosa. É lógico que NUNCA mais eu fico sem abastecer. = )

Pra você ver que mesmo quando a gente entende muito de uma coisa, se a gente relaxa, acaba errando. Pode ser pelo excesso de confiança, ou simplesmente porque a gente desliga a chave e entra de férias, vai saber… no fim das contas, foi uma viagem muito legal. Mas teria sido bem mais fácil se eu tivesse escutado minha intuição e investido um pouquinho mais, financeiramente falando, em ter um carro só pra gente e ficar em hotel de complexo.

A lição foi aprendida e na viagem seguinte, com a Rafa, ESSES erros a gente não cometeu… aqui só cagadas inéditas! Quer dizer, quase. Porque mesmo ele fazendo essa cara aqui da foto e sofrendo em qualquer montanha-russa, eu achei que seria OK colocar ele na Guardiões da Galáxia logo no primeiro dia. Essa foi cagada também, e nem foi inédita, coitado.

Ah! Se você nunca se hospedou em hotel Disney e tem medo de indicar a seus clientes, vou deixar aqui um tour pelos Disney’s All Star Resorts – basta clicar no link ou ver pelo atalho aqui embaixo, ok?

Tour pelo Disney’s All Star Resorts

 

Agora sua vez de contar seus perrengues e cagadas em Orlando, topa?

Comenta aqui embaixo.

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