Sobre vestidos de noiva e fanatismos Disney

Muita gente esperava que meu casamento fosse tooooodo Disney, com músicas de filmes de princesas e referências na decoração… mas isso não aconteceu. Quer dizer, não como todo mundo achava que seria. É lógico que inseri detalhes, mas eles tinham mais significado do que necessariamente apareciam, e só quem me conhecia mesmo soube identificá-los.

Como sempre gostei de procurar por #hiddenmickeys (os famosos mickeys escondidos) pelo mundo Disney, coloquei alguns no meu vestido de noiva, como esse aqui em cima. Na hora dos votos, as músicas de fundo foram de Aladdin e Rapunzel, e em algumas das fotos do ensaio pré usamos orelhinhas de noivo e noiva. E um par de Mickey e Minnie noivinhos na mesa. E só.

Eu gosto da Disney, eu gosto de Harry Potter, eu gosto do que vemos lá em Orlando… até porque não tem como trabalhar mais de 20 anos dentro de um ambiente sem que a gente goste dele. Mas nunca fui fanática, e isso me assusta em algumas pessoas que encontro pelo caminho profissional.

Antes de continuar, que fique claro: ESSA É A MINHA OPINIÃO, então você concordando ou discordando, estou aberta a uma discussão saudável e respeitosa sobre o tema. = )

A minha primeira questão com o fanatismo é que, sem equilíbrio, ele atrapalha suas relações, em especial a sua relação amorosa. Já dizia minha mãe que tudo que é demais é de sobra, e quando sobra muito, essa sobra ocupa espaços que não deveria. No meu caso, o Rafo nunca foi o cara da Disney… ele só conheceu Orlando mesmo na nossa lua-de-mel, e foi entrando nesse mundo à medida que fomos convivendo. Ele precisou entender um pouco do meu universo, e eu tive que dar espaço pra que pudesse simplesmente não gostar de tudo o tempo todo na mesma intensidade.

Imagina se do nada eu decido que a casa toda vai ser da Minnie? E ele, que mora nessa casa, não deveria decidir junto comigo como gostaria da NOSSA decoração? E se em todas as férias eu só quisesse ir pra Orlando, mesmo ele estando de saco cheio de repetir os mesmos parques… nem todo mundo tem o desejo de estar lá o tempo todo, e isso é bem normal, viu? É desse fanatismo louco disfarçado de sonho que eu fujo, porque estando num relacionamento, eu entendo que é preciso considerar o outro, especialmente quando ele quer coisas diferentes.

A minha segunda questão com o fanatismo é que ele pode te cegar para o que é realmente importante na construção do seu negócio. Aqui estou me referindo a PROFISSIONAIS de viagens a Orlando que se perdem no caminho porque estão prestando mais atenção nos TikToks de curiosidades sobre a Disney do que no próprio negócio. É um vídeo motivacional com a música do Rei Leão aqui, uma foto no Pinterest com uma cozinha toda da Minnie ali, e quando você vê, a pessoa não fez absolutamente nada pra que, um dia, ela possa ter a casa dela na Disney. Isso espirra no trabalho dela, e depois, espirra no relacionamento também.

Se o trabalho vai mal, a gente perde o centro e vai se frustrando, vai perdendo o rumo. Isso afeta a nossa produtividade, o nosso resultado financeiro, vai deixando a gente de mau humor e aí, quem está do nosso lado todos os dias é quem sofre por tabela.

E é por isso que eu defendo você saber onde está a linha que separa a paixão do fanatismo. Eu vivo DO mundo Disney, mas não vivo NO mundo Disney. E você?

Sobre essa segunda questão, dá uma olhadinha nesse vídeo do canal: A verdade sobre trabalhar realizando sonhos (clique no link ou veja pelo atalho aqui embaixo)

Resumindo: pra que a gente tenha relações saudáveis de amor e de trabalho, a gente precisa, como tudo na vida, de equilíbrio, que não combina em nada com fanatismo.

Eu adoraria saber da sua opinião sobre isso? Deixa aqui nos comentários!

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